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Sarampo está voltando em muitos países da Europa e Ásia, chegando também aos Estados Unidos. Na década de 60 e 70 eu vi centenas de casos de sarampo. As consequências eram assustadoras. O vírus causa febre de muitos dias, tosse persistente, vômitos, diarreia e outros sintomas incluindo convulsões e morte. Como as crianças quase não se alimentavam, aqueles que já eram desnutridos ficavam inchados, não se recuperavam e tinham alta taxa de óbitos. Todos os profissionais da saúde ficaram muito felizes quando veio a vacina. Ninguém poderia imaginar que, muitos anos depois, esta tragédia seria ignorada por grupos radicais que pensam que as vacinas só existem para lucro das indústrias. Uma ou outra criança que não seja vacinada estará protegida se todas as demais estiverem vacinadas, assim o vírus não chega até elas. Isto se chama “imunidade de rebanho”. Mas, caindo a cobertura vacinal, o terrível agente encontra caminho para afetar centenas de crianças, como tem acontecido na Itália e Alemanha. Na România, a coisa está mais grave. O mau estado nutritivo das crianças naquele país lembra nossa situação, pelo menos no passado recente. Além de quase mil casos nos últimos meses, houve dezenas de mortes que seriam totalmente evitáveis, pela vacinação.  Por isso tudo, estes grupos antivacina merecem nosso repúdio. Vale esclarecer que a imunidade de rebanho, quando presente, protege algumas crianças que não podem receber a imunização, seja porque são muito novas, seja porque nasceram com defeitos no sistema imunológico que impede a vacinação com vacina de vírus vivo atenuado, que é o caso da vacina do sarampo.
 
Mais informações no site: www.sbim.org.br