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Revisão da posologia dos biológicos em pediatria

No emprego dos anticorpos monoclonais, cálculos de posologia pediátrica baseados nas proporções entre pesos de adultos e crianças, geralmente redundam em exposições plasmáticas inferiores às pretendidas que seriam as mais eficazes para atingir os desfechos clínicos esperados. Ao prescrever, é necessário levar em conta fatores como superfície corporal, tipo de patologia e grau de comprometimento renal e hepático. As informações derivam de um estudo clínico realizado por pesquisadores da Faculdade de Farmácia da Universidade Waterloo, em Ontário, Canadá. Segundo os autores, avaliações simplistas restritas ao peso podem ignorar o grau de desenvolvimento dos órgãos infantis, particularmente a sistema imunológico(1).    
 
Novos anticorpos reforçam luta contra câncer na infância

Embora a quimioterapia neoadjuvante, a cirurgia e a radioterapia continuem servindo como pilares da conduta perante tumores malignos da infância, grandes progressos vêm sendo conquistados com medicamentos biológicos para pequenos pacientes refratários ou que recidivaram após emprego destas formas reconhecidas de tratamento.  Recursos imunoterápicos recentes mudaram a conduta perante adultos com neoplasias malignas, mas também vem sendo introduzidas na faixa pediátrica. Em contraste com câncer de adultos, as neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias, seguidas por tumores cerebrais, linfomas, neuroblastomas e várias formas de sarcomas. Artigo recente relata parte da experiência de pesquisadores do Departamento de Hematologia/Oncologia do Hospital Pediátrico Universitário de Tuebingen, na Alemanha. Um exemplo de melhoria na terapêutica de leucemias refratárias foi a criação e emprego das chamadas "estruturas de anticorpos bi-específicas" (single-chain bispecific antibody construct) também abreviadas como BiTE. Na O blinatumomabe é uma destas estruturas que foi testada pelos pesquisadores alemães citados, com resultados favoráveis(2).

 Fontes
1)   Malik P e Edginton A.  Pediatric physiology in relation to the pharmacokinetics of monoclonal antibodies. Expert  Opin  Drug  Metab  Toxicol. 2018;14(6):585-599.
2)   Handgretinger R, Schlegel P. Emerging role of immunotherapy for childhood cancers. Chin Clin Oncol2018;7(2):14.