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Histórico da Unifar - reunião comemorativa dos 107 anos de fundação
Historico da Unifar, criado em agosto de 2020 para leitura durante reunião comemorativa dos 107 anos de fundação.
É com grande satisfação que fazemos este relato histórico durante encontro em comemoração ao Centésimo sétimo Aniversário da União Farmacêutica de São Paulo.
Com o nome de União Pharmaceuticapassou a se chamar União Farmacêutica de São Paulo em 31 de janeiro de 1952 e foi chamada UNIFAR pela primeira vez em 19 de março de 1970, em reunião presidida por Adalgiso Volpini.
A alteração do nome oficial não trouxe alteração dos seus propósitos: é associação de profissionais que mantém-se firme na busca das diferentes formas de compartilhar conhecimento, teve a oportunidade de viver as agruras e os ganhos de conhecimento de duas pandemias, como já citado pelo presidente Luiz Pellegrino.
O cenário por ocasião da fundação da Unifar apresentava um grande número de farmacêuticos atuando e a abertura de novas escolas de farmácia, como a de Pindamonhangaba (SP). A profissão farmacêutica tinha sido regulamentada recentemente, na então província de São Paulo, com a publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 22 de novembro de 1911. Havia a necessidade, porém, de uma entidade que os agregasse em outras atividades, como práticas científicas, de cunho social e de benemerência.
Em 24 de agosto de 1913, por iniciativa de profissionais naquela época anônimos, e comandados por João Alfredo Varella, Farmacêutico e Inspetor da Secretaria da Saude que fundaram esta associação cujo estatuto trazia o compromisso de formação e qualificação dos profissionais.
Varella tornou-se presidente provisorio em assembleia realizada em 7 de setembro de 1913, aprovada por 61 subscritores. Entre os ilustres colaboradores destacamos a presença do João Florentino Meira de Vasconcellos cujos esforços resultaram na elaboração da Farmacopeia Paulista, e do professor Bráulio Gomes, da Escola de Farmácia de São Paulo, presidente da comissão organizadora deste compêndio.
A Farmacopeia Paulista foi adotada pelo Serviço Sanitário do Estado de São Paulo em 1917 e foi reeditada pela Academia Nacional de Ciencias Farmacêuticas em 2017.
O estatuto aprovado na segunda reunião desta novissima associação teve como objetivos:
- Defender os interesses da classe farmacêutica e de seus associados;
- Organizar o exercício da profissão;
- e Estudar os assuntos relativos à profissão farmacêutica.
A formação de um fundo pecúlio, denominado de MontePio Farmacêutico e
fundar uma biblioteca com trabalhos científicos relativos aos estudos farmacêuticos, bem como promover e auxiliar a criação de instituições instrutivas e beneficentes que se relacionassem com a profissão farmacêutica foram os demais objetivos para a recente criada associação.
Nos permitimos dizer que o sonho destes profissionais viraram realidade pois os planos de saúde e previdência (não só para farmacêuticos, mas para a grande maioria da população) aí estão, assim como as instituições complementares, que cuidam da ética e das relações trabalhistas, além de muitas outras que, embora não originadas na Unifar contribuem de maneira expressiva no objetivo de disseminar conhecimentos obtidos pós universidade.
Rede de atuação e colaboração
Os nomes e as datas revelam que a história da UNIFAR confunde-se com a própria evolução do campo farmacêutico no país. De seus quadros, emergiram líderes para a composição de outras entidades, conselhos federais e estaduais e órgãos fiscalizadores, Comissão de Revisão da Farmacopeia, laboratórios oficiais de produção e de controle de medicamentos, comissões técnicas do Ministério da Saúde e Central de Medicamentos Básicos.
Em 1931, o decreto n.º 20.377 estabeleceu o âmbito profissional do farmacêutico, modificado em 7 de abril de 1981 pelo decreto n.º 85.878, que definiu as atribuições privativas e não privativas.
Novos campos de trabalho sempre requerem profissionais especializados, e o currículo universitário procurou abrangê-los.
Em 5 de julho de 1961, a primeira diretoria do Conselho Federal de Farmácia - CFF, órgão máximo, responsável pela ética e exercício profissional tomou posse e o primeiro presidente, para o período de 5 de julho de 1961 a 27 de janeiro de 1964, foi Jayme Torres. Esse projeto aglutinou todas as grandes figuras do âmbito farmacêutico.
A ata de Assembleia Geral Extraordinária Unifar de 2 agosto de 1961 registrou o encontro entre membros da diretoria do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (SINFAR-SP) e da UNIFAR, apoiados pela Associação Farmacêutica de Araraquara e pela Associação Farmacêutica de Ribeirão Preto. Essa reunião teve como objetivo discutir as regras para a composição da primeira diretoria do Conselho Regional do Estado de São Paulo (CRF-SP, 2011), com o claro intento de indicar representantes dos diversos setores da farmácia: comercial, industrial, do magistério e do serviço público para composição deste órgão.
Programação da Rádio Cruzeiro do Sul
Em 1934, sob o patrocínio dos empresários da Giorgi Picossi & Cia., a União passou apresentar um programa de utilidade pública e para a comunidade farmacêutica.
O programa apresentava em 3 dias por semana notícias de interesse e exortava todos a subscreverem a coleta de recursos para a construção da nova sede própria, que se concretizou em 1935.
Em 1938, a sede recebeu placa de mármore em comemoração aos 25 anos de fundação.
Revista União Pharmaceutica:
Em 1914, foi publicado o primeiro número da revista União Pharmaceutica, Pharmacêutica sob a coordenação de Antônio José Salgado Junior. Esta revista teve publicações regulares somente à partir 1916. O primeiro número foi produzido na Rua Dronsfield, que ficava a uma quadra da estação Lapa. Já em 1917, teve tiragem de 5.000 exemplares. Em 2013, Unifar teve a grata satisfação de recuperar um volume da primeira edição, gentilmente cedido pelo prof. Bronislaw Polakiewicz (USP).
A publicação era de ótima qualidade e suas edições seguiram mensais até fevereiro de 1934. Tratava de assuntos relacionados a ensino, temas científicos, assuntos sociais, políticos, Saúde Pública, legislação, montepio, dentre outros. Era uma excelente fonte histórica, que permitia observar os conflitos e avanços científicos, as expectativas e contradições sociais do período.
Em 1935, a produção da revista foi interrompida em razão das despesas da fase de acabamento da nova sede localizada no número 104 da Rua da Glória, em São Paulo.
Logotipos Unifar
O primeiro logotipo da Unifar foi simplesmente as palavras “União farmacêutica” que nas impressões aparecia como que apagado.
A primeira alteração veio de um pedido informal da diretoria, mas plenamente aceito pelo Dárcio Calligaris que trouxe o logotipo de forma triangular e pontas retas que perdurou até 2011 quando a diretoria mais uma vez solicitou modernização.
A escolha foi para o atual logotipo, inspirado no formato básico apresentado pelo Darcio Caligaris. O atual modelo, um triangulo amarelo de pontas arredondadas, tendo em seu interior um cálice com a serpente é adotado como oficial até o momento.
E ainda tivemos, no ano de 2013 o logotipo especialmente criado em comemoração ao centenário da Unifar, o qual foi criado equipe de comunicação do Conselho Regional de Farmacia e adotado nas peças de divulgação até 2019.
Na descrição deste símbolo da Unifar, os significados:
A serpente em si é um símbolo da área da saúde e está relacionada ao poder, inteligência, sabedoria, ciência e renascimento,
O triângulo está ligado com o número três e simboliza a perfeição e a unidade.
Desta forma a serpente dentro do triângulo simboliza a união dos farmacêuticos formando uma unidade perfeita em busca da sabedoria, ciência, renascimento e com objetivo a melhoria da saúde.
Cursos, seminários, workshops e os grupos de trabalho:
A partir dos anos 1980, a busca pela qualidade representada pela criação da ANVISA, e as recentes publicações de leis, instruções normativas e guias acompanham a tendência internacional na busca de pureza, segurança e eficácia dos medicamentos.
A cada dia, profissionais são desafiados a apresentar resultados baseados no conhecimento e neste cenário a Unifar cumpre o seu papel organizando eventos de elevado nível técnico.
Profissionais experientes e professores renomados compartilharam e compartilham suas experiencias profissionais de sucesso.
Ao longo destes anos até a atualidade, formato, duração e conteúdo dos eventos são continuamente atualizados, acompanham a velocidade das publicações científicas resultados das constantes pesquisas na área da saúde, cosméticos e alimentos.
Especialmente em 2020, a presença da COVID-19 impôs mais um desafio à Unifar, levou os diretores a trabalharem mais fortemente e adotar a transmissão on line das reuniões, palestras e simpósios, o mais moderno meio de compartilhar conhecimento e ao mesmo tempo cumprir com os requisitos da necessidade de isolamento social.
Unifar criou, na gestão de Elza Anders Saad (1995-1997) os chamados “grupos de discussão” ou “grupos de trabalho” e deu oportunidade de atualização rápida e de qualidade aos profissionais.
Desde então os integrantes destes grupos técnicos buscaram a melhor interpretação das normas sanitárias, fizeram perguntas e resolveram situações desafiadoras nos seus locais de trabalho, além de contribuírem com ajustes nas publicações recentes. Quando as consultas públicas foram adotadas pela ANVISA, estes grupos tiveram oportunidade de enviar suas sugestões.
Destacamos o grupo Hospfar que trouxe a importante contribuição sobre o importante trabalho dos farmacêuticos nos hospitais enquanto EmbFar, Embalagem Farmacêutica contribuiu com a redação das primeiras normas de qualidade para frascos de vidro, ampolas e bisnagas, normas estas publicadas pela ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. E ainda houveram outros como Desenvolvimento de produtos, Assuntos Regulatórios, Microbiologia Industrial, Qualidade e Validação.
Administração e comunicação
Wilma Tiani e Eliana Oliveira vieram depois de D. Lurdes aposentar-se e atualmente são as responsáveis pelos serviços administrativos ou seja realizam entre outras atividades, os pagamentos e recebimentos, publicações no site Unifar e atendimento ao público sob orientações da Diretoria.
O livro de 100 anos
Julino Assunção Rodrigues Soares Neto, um simpatizante dos pensamentos e ações da Unifar, interessado no saber farmacêutico, incentivou e contribuiu na elaboração do primeiro livro desta instituição. Localizou e coordenou profissionais na redação dos textos para a sessão “Artigos”. Realizou entrevistas e redigiu textos importantes neste registro histórico.
A “comissão dos 100 anos”, formada por Nilce Barbosa, Hélio Lerner, Edson Rollemberg, Luiz Pellegrino, Marilice Souza, Josuke Yamaki e outros trouxe apoio à ideia inicial e contribuições inimagináveis: exaustiva leitura de atas e documentos arquivadas na sede, seleção de fotos, revisão e adequação de textos foram frutos do carinho e dedicação destes colegas.
O desejo de realizar este livro foi favorecido pelo especial momento do centenário, mas a perseverança da equipe, organização, apoio financeiro de parceiros, detalhes que aprimoraram a ideia principal, bem como analise de fatos históricos e políticos deste período foram ingredientes imprescindíveis desta obra.
Sede à Rua da Gloria
Cumprindo um projeto eleborado pelo arquiteto Antonio Reis, moderno mas preocupado em preservar os elementos visuais, ao lado de praticidade, conforto e recursos técnicos, a atual diretoria usa os recursos advindos das receitas dos eventos e de patrocinadores para realizar esta obra. A Fachada, desde 2019, na cor amarela que remete aos tons utilizado para pintura dos prédios no inicio do século, já está concluida e o auditorio em fase de conclusão nos faz pensar em uma inauguração presencial, festiva após a pandemia.
Deixamos a frase redigida pelos membros da Diretoria do CRF-sp (2013) e publicada no livro Unifar – uma instituição secular:
“Ninguém é mais forte do que todos nós juntos. Quando se trata de uma categoria tão importante como a farmacêutica, esta deve ser a premissa em relação ao trabalho conjunto das entidades representativas da profissão.
Se, isoladamente, associações, sindicatos, conselhos de classe, federações e muitos outros órgãos já atuam em favor do crescimento e do fortalecimento da Farmácia, ao se aproximarem, complementarem
seus papéis e trabalharem convergindo seus ideais, representam forças somadas que resultam em avanços expressivos.”
Muito obrigado por todos que audaram a construir 107 anos de história.
Texto composto por Marilice T. de Souza
Agosto 2020
Leitura foi feita por Raffale Petrungaro, Darcio Caligaris, Vanessa Perez e Meire Ota no dia 24 de agosto 2020, durante reunião comemorativa.
É com grande satisfação que fazemos este relato histórico durante encontro em comemoração ao Centésimo sétimo Aniversário da União Farmacêutica de São Paulo.
Com o nome de União Pharmaceuticapassou a se chamar União Farmacêutica de São Paulo em 31 de janeiro de 1952 e foi chamada UNIFAR pela primeira vez em 19 de março de 1970, em reunião presidida por Adalgiso Volpini.
A alteração do nome oficial não trouxe alteração dos seus propósitos: é associação de profissionais que mantém-se firme na busca das diferentes formas de compartilhar conhecimento, teve a oportunidade de viver as agruras e os ganhos de conhecimento de duas pandemias, como já citado pelo presidente Luiz Pellegrino.
O cenário por ocasião da fundação da Unifar apresentava um grande número de farmacêuticos atuando e a abertura de novas escolas de farmácia, como a de Pindamonhangaba (SP). A profissão farmacêutica tinha sido regulamentada recentemente, na então província de São Paulo, com a publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 22 de novembro de 1911. Havia a necessidade, porém, de uma entidade que os agregasse em outras atividades, como práticas científicas, de cunho social e de benemerência.
Em 24 de agosto de 1913, por iniciativa de profissionais naquela época anônimos, e comandados por João Alfredo Varella, Farmacêutico e Inspetor da Secretaria da Saude que fundaram esta associação cujo estatuto trazia o compromisso de formação e qualificação dos profissionais.
Varella tornou-se presidente provisorio em assembleia realizada em 7 de setembro de 1913, aprovada por 61 subscritores. Entre os ilustres colaboradores destacamos a presença do João Florentino Meira de Vasconcellos cujos esforços resultaram na elaboração da Farmacopeia Paulista, e do professor Bráulio Gomes, da Escola de Farmácia de São Paulo, presidente da comissão organizadora deste compêndio.
A Farmacopeia Paulista foi adotada pelo Serviço Sanitário do Estado de São Paulo em 1917 e foi reeditada pela Academia Nacional de Ciencias Farmacêuticas em 2017.
O estatuto aprovado na segunda reunião desta novissima associação teve como objetivos:
- Defender os interesses da classe farmacêutica e de seus associados;
- Organizar o exercício da profissão;
- e Estudar os assuntos relativos à profissão farmacêutica.
A formação de um fundo pecúlio, denominado de MontePio Farmacêutico e
fundar uma biblioteca com trabalhos científicos relativos aos estudos farmacêuticos, bem como promover e auxiliar a criação de instituições instrutivas e beneficentes que se relacionassem com a profissão farmacêutica foram os demais objetivos para a recente criada associação.
Nos permitimos dizer que o sonho destes profissionais viraram realidade pois os planos de saúde e previdência (não só para farmacêuticos, mas para a grande maioria da população) aí estão, assim como as instituições complementares, que cuidam da ética e das relações trabalhistas, além de muitas outras que, embora não originadas na Unifar contribuem de maneira expressiva no objetivo de disseminar conhecimentos obtidos pós universidade.
Rede de atuação e colaboração
Os nomes e as datas revelam que a história da UNIFAR confunde-se com a própria evolução do campo farmacêutico no país. De seus quadros, emergiram líderes para a composição de outras entidades, conselhos federais e estaduais e órgãos fiscalizadores, Comissão de Revisão da Farmacopeia, laboratórios oficiais de produção e de controle de medicamentos, comissões técnicas do Ministério da Saúde e Central de Medicamentos Básicos.
Em 1931, o decreto n.º 20.377 estabeleceu o âmbito profissional do farmacêutico, modificado em 7 de abril de 1981 pelo decreto n.º 85.878, que definiu as atribuições privativas e não privativas.
Novos campos de trabalho sempre requerem profissionais especializados, e o currículo universitário procurou abrangê-los.
Em 5 de julho de 1961, a primeira diretoria do Conselho Federal de Farmácia - CFF, órgão máximo, responsável pela ética e exercício profissional tomou posse e o primeiro presidente, para o período de 5 de julho de 1961 a 27 de janeiro de 1964, foi Jayme Torres. Esse projeto aglutinou todas as grandes figuras do âmbito farmacêutico.
A ata de Assembleia Geral Extraordinária Unifar de 2 agosto de 1961 registrou o encontro entre membros da diretoria do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (SINFAR-SP) e da UNIFAR, apoiados pela Associação Farmacêutica de Araraquara e pela Associação Farmacêutica de Ribeirão Preto. Essa reunião teve como objetivo discutir as regras para a composição da primeira diretoria do Conselho Regional do Estado de São Paulo (CRF-SP, 2011), com o claro intento de indicar representantes dos diversos setores da farmácia: comercial, industrial, do magistério e do serviço público para composição deste órgão.
Programação da Rádio Cruzeiro do Sul
Em 1934, sob o patrocínio dos empresários da Giorgi Picossi & Cia., a União passou apresentar um programa de utilidade pública e para a comunidade farmacêutica.
O programa apresentava em 3 dias por semana notícias de interesse e exortava todos a subscreverem a coleta de recursos para a construção da nova sede própria, que se concretizou em 1935.
Em 1938, a sede recebeu placa de mármore em comemoração aos 25 anos de fundação.
Revista União Pharmaceutica:
Em 1914, foi publicado o primeiro número da revista União Pharmaceutica, Pharmacêutica sob a coordenação de Antônio José Salgado Junior. Esta revista teve publicações regulares somente à partir 1916. O primeiro número foi produzido na Rua Dronsfield, que ficava a uma quadra da estação Lapa. Já em 1917, teve tiragem de 5.000 exemplares. Em 2013, Unifar teve a grata satisfação de recuperar um volume da primeira edição, gentilmente cedido pelo prof. Bronislaw Polakiewicz (USP).
A publicação era de ótima qualidade e suas edições seguiram mensais até fevereiro de 1934. Tratava de assuntos relacionados a ensino, temas científicos, assuntos sociais, políticos, Saúde Pública, legislação, montepio, dentre outros. Era uma excelente fonte histórica, que permitia observar os conflitos e avanços científicos, as expectativas e contradições sociais do período.
Em 1935, a produção da revista foi interrompida em razão das despesas da fase de acabamento da nova sede localizada no número 104 da Rua da Glória, em São Paulo.
Logotipos Unifar
O primeiro logotipo da Unifar foi simplesmente as palavras “União farmacêutica” que nas impressões aparecia como que apagado.
A primeira alteração veio de um pedido informal da diretoria, mas plenamente aceito pelo Dárcio Calligaris que trouxe o logotipo de forma triangular e pontas retas que perdurou até 2011 quando a diretoria mais uma vez solicitou modernização.
A escolha foi para o atual logotipo, inspirado no formato básico apresentado pelo Darcio Caligaris. O atual modelo, um triangulo amarelo de pontas arredondadas, tendo em seu interior um cálice com a serpente é adotado como oficial até o momento.
E ainda tivemos, no ano de 2013 o logotipo especialmente criado em comemoração ao centenário da Unifar, o qual foi criado equipe de comunicação do Conselho Regional de Farmacia e adotado nas peças de divulgação até 2019.
Na descrição deste símbolo da Unifar, os significados:
A serpente em si é um símbolo da área da saúde e está relacionada ao poder, inteligência, sabedoria, ciência e renascimento,
O triângulo está ligado com o número três e simboliza a perfeição e a unidade.
Desta forma a serpente dentro do triângulo simboliza a união dos farmacêuticos formando uma unidade perfeita em busca da sabedoria, ciência, renascimento e com objetivo a melhoria da saúde.
Cursos, seminários, workshops e os grupos de trabalho:
A partir dos anos 1980, a busca pela qualidade representada pela criação da ANVISA, e as recentes publicações de leis, instruções normativas e guias acompanham a tendência internacional na busca de pureza, segurança e eficácia dos medicamentos.
A cada dia, profissionais são desafiados a apresentar resultados baseados no conhecimento e neste cenário a Unifar cumpre o seu papel organizando eventos de elevado nível técnico.
Profissionais experientes e professores renomados compartilharam e compartilham suas experiencias profissionais de sucesso.
Ao longo destes anos até a atualidade, formato, duração e conteúdo dos eventos são continuamente atualizados, acompanham a velocidade das publicações científicas resultados das constantes pesquisas na área da saúde, cosméticos e alimentos.
Especialmente em 2020, a presença da COVID-19 impôs mais um desafio à Unifar, levou os diretores a trabalharem mais fortemente e adotar a transmissão on line das reuniões, palestras e simpósios, o mais moderno meio de compartilhar conhecimento e ao mesmo tempo cumprir com os requisitos da necessidade de isolamento social.
Unifar criou, na gestão de Elza Anders Saad (1995-1997) os chamados “grupos de discussão” ou “grupos de trabalho” e deu oportunidade de atualização rápida e de qualidade aos profissionais.
Desde então os integrantes destes grupos técnicos buscaram a melhor interpretação das normas sanitárias, fizeram perguntas e resolveram situações desafiadoras nos seus locais de trabalho, além de contribuírem com ajustes nas publicações recentes. Quando as consultas públicas foram adotadas pela ANVISA, estes grupos tiveram oportunidade de enviar suas sugestões.
Destacamos o grupo Hospfar que trouxe a importante contribuição sobre o importante trabalho dos farmacêuticos nos hospitais enquanto EmbFar, Embalagem Farmacêutica contribuiu com a redação das primeiras normas de qualidade para frascos de vidro, ampolas e bisnagas, normas estas publicadas pela ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. E ainda houveram outros como Desenvolvimento de produtos, Assuntos Regulatórios, Microbiologia Industrial, Qualidade e Validação.
Administração e comunicação
Wilma Tiani e Eliana Oliveira vieram depois de D. Lurdes aposentar-se e atualmente são as responsáveis pelos serviços administrativos ou seja realizam entre outras atividades, os pagamentos e recebimentos, publicações no site Unifar e atendimento ao público sob orientações da Diretoria.
O livro de 100 anos
Julino Assunção Rodrigues Soares Neto, um simpatizante dos pensamentos e ações da Unifar, interessado no saber farmacêutico, incentivou e contribuiu na elaboração do primeiro livro desta instituição. Localizou e coordenou profissionais na redação dos textos para a sessão “Artigos”. Realizou entrevistas e redigiu textos importantes neste registro histórico.
A “comissão dos 100 anos”, formada por Nilce Barbosa, Hélio Lerner, Edson Rollemberg, Luiz Pellegrino, Marilice Souza, Josuke Yamaki e outros trouxe apoio à ideia inicial e contribuições inimagináveis: exaustiva leitura de atas e documentos arquivadas na sede, seleção de fotos, revisão e adequação de textos foram frutos do carinho e dedicação destes colegas.
O desejo de realizar este livro foi favorecido pelo especial momento do centenário, mas a perseverança da equipe, organização, apoio financeiro de parceiros, detalhes que aprimoraram a ideia principal, bem como analise de fatos históricos e políticos deste período foram ingredientes imprescindíveis desta obra.
Sede à Rua da Gloria
Cumprindo um projeto eleborado pelo arquiteto Antonio Reis, moderno mas preocupado em preservar os elementos visuais, ao lado de praticidade, conforto e recursos técnicos, a atual diretoria usa os recursos advindos das receitas dos eventos e de patrocinadores para realizar esta obra. A Fachada, desde 2019, na cor amarela que remete aos tons utilizado para pintura dos prédios no inicio do século, já está concluida e o auditorio em fase de conclusão nos faz pensar em uma inauguração presencial, festiva após a pandemia.
Deixamos a frase redigida pelos membros da Diretoria do CRF-sp (2013) e publicada no livro Unifar – uma instituição secular:
“Ninguém é mais forte do que todos nós juntos. Quando se trata de uma categoria tão importante como a farmacêutica, esta deve ser a premissa em relação ao trabalho conjunto das entidades representativas da profissão.
Se, isoladamente, associações, sindicatos, conselhos de classe, federações e muitos outros órgãos já atuam em favor do crescimento e do fortalecimento da Farmácia, ao se aproximarem, complementarem
seus papéis e trabalharem convergindo seus ideais, representam forças somadas que resultam em avanços expressivos.”
Muito obrigado por todos que audaram a construir 107 anos de história.
Texto composto por Marilice T. de Souza
Agosto 2020
Leitura foi feita por Raffale Petrungaro, Darcio Caligaris, Vanessa Perez e Meire Ota no dia 24 de agosto 2020, durante reunião comemorativa.