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Comentários sobre o evento “Pendências em Farmacovigilância e Propostas de Solução”

O progresso da Farmacovigilância envolve diferentes grupos, cujos interesses nem sempre são concordantes.  A prioridade reside nos pacientes, sempre em busca de melhores condições de vida. Mas é total a importância dos profissionais da saúde, cuja prática vai exigir aperfeiçoamento contínuo.  Por outro lado, é impossível negar que os produtores de medicamentos (e seus acionistas) priorizam o retorno financeiro e muitos demoraram a entender que os investimentos em farmacovigilância são indispensáveis para garantir o avanço desta atividade científica e fabril específica. Já para os governos e instituições (por exemplo, a Unifar) é lícita a busca pelo prestígio e sucesso junto ao público, desde que haja respeito aos valores éticos. Fácil entender que toda a sociedade ganha quando se pratica farmacovigilância de qualidade.

Toda esta linha de raciocínio foi o início da palestra “Alguns aspectos sociais da farmacovigilância” exposta pelo Dr. Paulo Aligieri e que fez parte do bem sucedido workshop “Pendências em Farmacovigilância e Propostas de Solução” realizado pela Unifar no dia 20 de março último.

Dr. Paulo é médico e pediatra, atuou em diversas indústrias farmacêuticas e atualmente trabalha na Fundação para o Remédio Popular – FURP, sendo também parceiro da Unifar na realização de cursos e encontros de caráter profissional.

Na exposição, ele esclareceu que este comparativo é original da Professora Nicky Britten, médica e socióloga da Universidade de Exeter, em Londres, que assina o capítulo “Adverse Drug Reactions: Societal Considerations”  no livro “Stephens’ Detection and Evaluation of Adverse Drug Reactions: Principles and Practice, Sexta Edição, de 2012.

Destaque para notificação das reações adversas

Voltando o foco para o conteúdo da aula, Dr. Paulo destacou o papel essencial das notificações das reações adversas aos medicamentos (RAM) que começa pela percepção do evento pelo paciente.  Esta percepção é mais fácil quando a reação acontece logo após uso, particularmente quando surge após a primeira tomada. Outro fator é o caráter grave ou severo. Como o paciente pode ter receio de “amolar” o médico com queixas, a comunicação ao profissional pelo paciente se torna mais fácil quando o sinal ou sintoma pode se originar da doença básica e real motivo da consulta. Aumenta a frequência de relato quando existe uma boa relação médico/paciente.


Estratégia didática mostra-se efetiva

O evento trouxe a experiência de 10 reconhecidos profissionais que se distribuíram em quatro módulos, com duas ou três exposições, relativamente curtas, em cada módulo. Foi muito feliz a estratégia didática de fornecer os dados essenciais de cada tema, permitindo um tempo para discussão das dúvidas dos presentes no final do módulo.

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